Autor: Sally Green
Gênero: YA/Fantasia
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 304
Antes
de qualquer coisa eu tenho que admitir: comprei esse livro exclusivamente pela
capa. Nunca tinha ouvido falar de Half Bad, mas ele estava me chamando e foi
amor à primeira vista. Sim, isso acontece vez e outra. E a editora acertou em
cheio nisso e por não ter traduzido o nome. Enfim...
Half
Bad se passa em Londres, onde bruxos e félix (aka humanos) convivem sem que os
últimos desconfiem sobre magia ou qualquer coisa do tipo. Os bruxos, por sua
vez, são divididos em da luz e das sombras. Bruxos da luz são puros,
representam o que existe de melhor da sociedade, que nunca usam magia para
machucar os outros (ou é isso que eles dizem). Os bruxos da sombra são caçados
pelos da luz e estão quase todos mortos. Existem também os meio-sangues: meio
bruxos e meio félix, mas são ignorados pelos bruxos por serem considerados
inferiores.
E
existe o Nathan, nosso protagonista, meio luz e meio sombra. Filho do bruxo da
sombra mais cruel de todos os tempos. Que matou sua mãe e deixou Nathan e seus
três meios-irmãos aos cuidados da avó. Desde cedo ele aprendeu a não falar
sobre o pai e que nunca seria tratado como os irmãos pelos outros. Quando olham
para ele tudo o que veem é o menino meio sombra – nunca o meio luz.
Nessa
sociedade todos os adolescentes bruxos ao completarem dezessete anos recebem
três presentes e o sangue dos seus ancestrais para depois descobrir seus dons.
E a preocupação do conselho é se deve ou não deixar que isso aconteça com o
Nathan e correr o risco de ele ser igual ao pai ou mata-lo agora e fingir que
ele nunca existiu.
O
começo da história é diferente e a escrita flui, mas em alguns momentos poderia
ser melhorada. Até a página duzentos a maior graça é o Nathan, ele sofre e não
é pouco, mas continua sarcástico, fazendo graça sem nunca desistir de fugir.
Depois dele o melhor personagem é Gabriel, que surge para ajudar – só vou dizer
isso para não dar spoiler. Achei estranho que no começo do livro a relação do
Nathan com a família é extremamente trabalhada e depois nada.
Mas
fora isso o livro é bom, não é maravilhoso, falta bruxaria – mas para o livro
de estreia dá a entender que a trilogia promete. Um universo bruxo novo, um
provável triângulo amoroso (#nathaniel – alguém ai me entende?), reviravoltas,
cenas de ação e um ótimo gancho para o próximo livro. Um YA que vai agradar,
principalmente por ter tido os seus direitos vendidos.
Só
espero que em Half Wild os pequenos erros da autora sejam melhorados e que a
trilogia não perca apenas para virar um fenômeno entre adolescentes. E para
quem gosta de extras, tem Half Lies – um livro digital que conta outra história
no universo de Half Bad.
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